pagina dois
E agora ela liga só para dizer que acha melhor cortar relações antes que a gente se envolva demais. Cortar relações? Agora que a merda já está feita, que as escolhas já são reais, que decisões já foram tomadas? É muita falta de cerimônia, não? É muita sobra de cara-de-pau. Cadê o óleo de peroba? Eu mereçoooo….HAHaaauuh
A insegurança é filha da ameaça da ausência. Sempre foi, sempre será. Uma das ausências sempre foi real, concreta, não precisou ser dita. A outra ausência sempre foi virtual, discursiva, poderia vir a acontecer se… E esse “se” rendeu juros e dividendos. Na verdade, a virtualidade da ausência é uma canalhice maior do que sua realidade. Porque a realidade simplesmente acontece, já é seu próprio custo. A virtual, não. Ela é só ameaça e, em seu nome, os piores horrores são cobrados.
O bem-estar de alguém depende de suas condições de reação às ameaças de ausência. Depende dos outros laços, das outras relações que se estabelecem e que, aos poucos, diminuem o peso e a força das primevas e primárias.
E viva a fase adulta, viva os outros discursos possíveis, as outras ordens, a sobrevivência! E viva eu, e viva tu, e viva o rabo do tatu!
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